sábado, 22 de novembro de 2008

Obama promete criar 2,5 milhões de empregos até 2011


O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste sábado que está desenvolvendo um plano agressivo, com duração de dois anos, para estimular a economia do país, que enfrenta grave crise. Ele afirmou que vai estabelecer a meta de criar 2,5 milhões de empregos até janeiro de 2011 e que será "grande o suficiente para enfrentar os desafios".
"A maioria dos especialistas acreditam que poderemos perder milhões de empregos no ano que vem, se não agirmos rápido e audaciosamente", afirmou Obama, durante discurso no programa semanal de rádio do Partido Democrata. "Corremos o risco de cair em um espiral de deflação que poderia elevar nosso débito ainda mais."
Nesta sexta-feira (21), a perspectiva de que o novo secretário do Tesouro dos EUA já tenha sido escolhido fez as Bolsas americanas dispararem. Segundo a imprensa americana, Timothy Geithner, atual presidente do diretório regional do Fed em Nova York, deve ser escolhido por Barack Obama, que toma posse no dia 20 de janeiro.
Hoje, Obama traçou um retrato desanimador da situação econômica, em seu mais detalhado discurso sobre o assunto desde a eleição, em 4 de novembro. Em outubro, o presidente eleito pediu um pacote de estímulo no valor de US$ 175 bilhões, mas agora sinaliza que vai pressionar por valores maiores, apesar de não ter estabelecido uma meta.
O Departamento de Trabalho dos EUA revelou o número de pedidos de seguro-desemprego aumentou em 27 mil na semana passada e chegou a 542 mil, o nível mais alto desde julho de 1992.
"Não há um modo fácil de consertar essa crise, que levou muitos anos até ser sentida, e é mais provável que a situação fique pior antes de melhorar", afirmou Obama. Ele disse que sua equipe econômica já trabalha no plano e que o Congresso deve aprovar rapidamente o projeto.
Os membros do partido Democrata já prometeram estabelecer como prioridade um pacote de estímulos à economia. As medidas devem incluir corte de impostos para a classe média e bilhões de dólares em projetos públicos, como construção de estradas, pontes e medidas para o trânsito.
Fonte: Reuters / Chicago

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