segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Econômia prevê um natal "gordo"


O comércio se prepara para um Natal gordo depois de passada a crise. Pelo menos R$ 140 bilhões (US$ 77,8 bilhões), quase 20% a mais que no ano passado, deverão ser despejados na economia até dezembro com o pagamento do 13º salário e a maior oferta de crédito ao consumidor. De olho nessa bolada, as lojas já ampliaram em até 20% as encomendas de eletrodomésticos, eletrônicos e itens de informática.
Para atender a demanda crescente, as indústrias da Zona Franca Manaus (AM), o principal polo de produção de bens duráveis do País, vão contratar cerca de 3 mil trabalhadores temporários neste fim de ano. "Naquela época tinha muitas nuvens negras no horizonte. O que se vê agora é uma economia em crescimento, com o emprego sendo retomado e a inadimplência se reduzindo", afirma o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Contabilidade e Administração (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira.
Estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que o pagamento do 13º salário deve injetar R$ 75,8 bilhões (US$ 42,1 bilhões) na economia até dezembro. A perspectiva de ter mais dinheiro no bolso e o menor risco de desemprego mudaram o humor do brasileiro. O Índice de Confiança do Consumidor apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) atingiu 111 pontos em agosto e praticamente voltou ao nível pré-crise. "O Natal vai coroar a recuperação da indústria iniciada no segundo trimestre", afirma o coordenador das sondagens do consumidor e da indústria da FGV, Aloisio Campelo.
Ele sustenta essa previsão com números. Um recorte especial da sondagem industrial da FGV feita a pedido do Estado mostra que a demanda prevista entre agosto e outubro pelas indústrias de eletrônicos, eletrodomésticos e calçados já supera a do mesmo período de 2008. O grande destaque é para os eletrônicos, que incluem as TVs. De acordo com a sondagem, 95% dessas indústrias preveem uma demanda maior por seus produtos entre agosto e outubro deste ano, enquanto só 48% delas traçavam esse cenário para o mesmo período de 2008.

Créditos: Folha

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