quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Executivos de telecomunicações mantém fé nos países emergentes


Os executivos de telecomunicações estão mantendo a fé nos mercados emergentes a despeito das oscilações do câmbio relacionadas à crise econômica mundial.
Os executivos presentes em Barcelona para a principal feira do setor de telecomunicações antecipam, porém, uma pausa nas atividades de aquisição.
"A exposição aos mercados emergentes foi contestada, no último semestre, do ponto de vista dos investidores", disse Jon Fredrik Baksaas, presidente-executivo da Telenor, à Reuters, nesta quarta-feira, acrescentando que, no entanto, os propulsores fundamentais de crescimento continuavam inalterados.
"Por que o nível de penetração da telefonia móvel na Índia é de 30 por cento quando é muito mais elevado nos países vizinhos?", ele questionou.
"A mim parece bastante óbvio que o mercado de telefonia móvel indiano vai dobrar e que a Telenor tomará parte dessa ambição", afirmou.
Manoj Kohli, presidente-executivo da Bharti Airtel, a maior operadora de telefonia móvel da Índia, disse que as atividades de fusão e aquisição devem se manter lentas por algum tempo. "Os valores (dos ativos dos mercados emergentes) estão definitivamente melhores, mas o vendedor também precisa estar na mesa", ele disse à Reuters.
"Estamos estudando diversos mercados e considerando oportunidades, mas não temos pressa. Definitivamente não queremos pagar mais do que o ativo merece como preço, de modo que talvez, quando aquela oportunidade surgir dentro de um ou dois anos, nós a consideraremos", disse.
A China Mobile, maior operadora mundial de telefonia móvel por número de assinantes, adotou tom igualmente cauteloso quanto à expansão internacional.

Alexander Izosimov, presidente-executivo da Vimpelcom, da Rússia, disse que o problema não eram as perspectivas de longo prazo, mas a avaliação dos ativos dos mercados emergentes.
"A questão não é determinar se o mercado é atraente, mas quanto se deseja pagar por ele, e qual é a avaliação justa", disse Izosimov à Reuters.
Fonte: Reuters

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