quinta-feira, 12 de março de 2009
Exemplo de Superação: Samuel Klein - Fundador das “Casas Bahia”
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Negócios
Samuel Klein, nascido na Polônia em 15 de novembro de 1923, é um empresário judeu polonês, fundador das Casas Bahia, de longe o maior anunciante do país e loja de móveis e eletrodomésticos mais lembrados por seis em cada dez consumidores. As 81 anos de idade. Que tem como a frase da sua vida “cresci junto com o Brasil, não fiquei parado vendo o país crescer”.
Começou a trabalhar com o pai como marceneiro até a invasão dos nazistas, quando foi levado para Maidanek pelo pai. Maidanek era o terceiro maior campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Klein foi com o pai para Maidanek, enquanto a mãe e os cinco irmãos mais novos foram para Treblinka, campo de concentração nazista, na Polônia, Samuel tinha 19 anos quando os viu pela ultima vez. Foi levado junto com outros prisioneiros para Auschwitz em 1944, após a libertação da Polônia. Quando em uma distração dos soldados alemães caminharam 50 quilômetros a pé até o rio Vizla (maior rio da Polônia. Fugiu dos soldados numa tentativa ousada no dia 22 de Julho. Suas palavras: “Fui me escondendo e entrando no trigal cada vez mais. Não sei para onde estava indo, mas tinha a certeza de me afastar do grupo.” Passou a noite na plantação. Ao acordar, encontrou-se com poloneses cristãos também fugidos, que o acolheram e ajudaram a fugir. Samuel chegou a voltar para sua antiga casa, que estava totalmente arrasada.
Trabalhou numa pequena fazenda nas proximidades em troca de comida. Com o fim da guerra, encontrou-se com a irmã Sezia e o irmão Salomon (que vivem hoje em Nova Iorque).Depois da guerra, os irmãos Klein foram para a Alemanha, conseguiram reencontrar vivo o pai, viveram em Munique de 1946 até 1951. Nesta grande cidade alemã, Samuel conheceu Chana, com quem se casou. Sentiram que era hora de deixar a Europa e reconstruir a vida em outro lugar. O pai foi para Israel, junto com a outra irmã Esther. Samuel queria emigrar para os Estados Unidos da América, mas não conseguiu. Decidiu ir para a América do Sul, onde tinha alguns amigos. Em 1952 a Bolívia vivia uma situação social muito complicada, com disputas políticas violentas e uma revolução em curso. Klein, aos 29, recordou-se de uma tia que vivia no Rio de Janeiro. Com a mulher e o filho, Michael, embarcou de La Paz para a então capital brasileira.Em menos de dois meses conseguiu autorização para viver no Brasil. Estabeleceu-se em São Caetano do Sul na Grande São Paulo com a família.
Trajetória
Sua trajetória de sucesso começou quando Samuel se mudou para a Alemanha á procura de pai e dos irmãos, para ganhar a vida ele começou a vender mercadorias ás tropas aliadas. O trabalho lhe rendeu economias suficientes para encorajá-lo a deixar o continente europeu e tentar a vida na América dos sulsul. Quando chegou ao Brasil, tinha consigo uma enorme vontade de recomeçar a vida depois de enfrentar as atrocidades da Segunda Guerra Mundial. o inicio da empresa de Samuel, começou quando ele tornou-se mascate e com a sua charrete e carregada de roupas de cama, mesa e banho, pelas ruas de são Caetano do sul, ele batia em porta em porta, executando sua aptidão para as vendas, ele perguntava a seus clientes “quer pagar quanto”, o q é hoje uma estratégia de vendas da loja era um argumento que ele oferecia aos seus clientes que lhes proporcionava inúmeras condições de pagamento para não perder a venda. A tradição do crediário começou aí, quem não podia pagar a vista assumia as prestações para os meses seguintes. O tempo mostrou que Samuel estava certo em confiar na clientela e dar opções de pagamento. A facilidade na concessão de crédito é o grande diferencial da rede e responde por cerca de 80% das vendas. Ele explica que sempre vendeu a prazo, porque é preciso tratar o cliente com dedicação total, entender as suas necessidades e estar ao lado dele na hora da compra. Minha clientela é muito fiel. Dois terços dos que compram conosco voltam a comprar e o índice de inadimplência é de 8% de cerca de 21,5 milhões de clientes cativos As prestações são pagas necessariamente nos guichês da própria rede, o que obriga o consumidor a retornar mensalmente às lojas. Todos os meses 10% deles vão quitar a última parcela. Aí começa o desafio de amarrar esse povo a outro crediário. Dois terços deles voltam para a casa com um novo produto, e um novo carnê de prestações. O terço restante não é esquecido. Na primeira data especial (Dia das Mães, Natal, etc.) ele receberá uma carta assinada pelo próprio seu Samuel. Nela, haverá ofertas de produtos que aquele consumidor nunca comprou nas Bahia e uma sugestão de financiamento com prestações 50% superiores às de suas mais recentes aquisições. Abrir um crediário nas Casas Bahia é simples. Basta apresentar um documento, comprovante de residência e, o mais importante, o nome limpo. Carteira de trabalho assinada e contracheque não são obrigatórios. E o risco de inadimplência? “Bobagem. A riqueza do pobre é o nome.”, filosofa seu Samuel. “O importante é trazê-lo para a loja.”. Nesse meio tempo a família Klein fincava raízes no Brasil e crescia, nasceram mais três filhos: Saul, Eva e Oscar( falecido em acidente). A primeira loja foi aberta em 1957 e recebeu o nome de Casas Bahia, em homenagem aos seus “fregueses”, em grande parte nordestinos que deixaram sua terra natal em busca de empregos no ABCD paulista. O ponto de venda permitiu expandir o rol de produtos, incluindo, por exemplo, móveis e colchões. Atualmente, a rede comercializa em média sete mil itens. Até 1994, Samuel tinha expandido seus negócios apenas por São Paulo. No mesmo ano, entrou nos mercados mineiro, paranaense e catarinense. Em 1996, chegou ao Rio de Janeiro e ao Mato Grosso do Sul. No ano 2000, inaugurou lojas em Goiás e Distrito Federal, em 2004, no Rio Grande do Sul. A expansão contabilizou resultados altamente positivos em 2005.
Foram abertos 100 novos pontos de vendas em 2005, a filial de número 500 foi inaugurada na cidade de Maringá, Paraná. A rede também dobrou seu número de lojas nos estados de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Samuel continua no comando das lojas ao lado de seus filhos Michael e Saul. Para ele a palavra crise não existe, pois ele alega que aprendeu com todas as diversidades e de todas tirou a oportunidade para realizar negócios. Criando assim um paraíso de compra dos consumidores de baixa renda, a rede nunca esteve tão em evidencia quanto nos últimos anos.
Sua ultima grande idéia foi a Super Casas Bahia, um megacentro de compras montado durante todo mês de dezembro, em São Paulo. A rede esperava a visita de 2 milhões de consumidores e faturamento de 80 milhões durante os 30 dias. Em uma entrevista a istoé dinheiro Samuel ou seu Samuel como gosta de ser chamado falou um pouco sobre o que esperava do super Casas Bahia queremos aproveitar a multidão que invadirá o local”. Os estudos indicam vendas de R$ 1 milhão – por dia. “Eu acho que ficaremos entre R$ 2 e 3 milhões”, palpita seu Samuel.
Ele investe muito em propagandas, inclusive em horários nobres da TV brasileira, alegando que esse investimento representa 3% do seu faturamento bruto. Em 2003, por exemplo, suas propagandas ficaram no ar uma hora e meia, somando todos os canais abertos de TV. Ele alega também que faz parceria com seus fornecedores para que os produtos deles sejam exibidos em suas propagandas, as vezes chega a ter 3% de desconta na próxima compra.
Receita para não fracassar
Desenvolveu um modelo de negócios único, não raro transitando na contramão do caminho seguido pelas demais lojas de departamento. O fracasso de seus antigos concorrentes explica, e muito, o sucesso de Klein. Eles investiam em lojas sofisticadas. Klein montava pontos de venda despojados de luxo. Eles ofereciam larga variedade de produtos, com ênfase nos top de linha. Nas Casas Bahia, prevalecem as mercadorias simples, familiares a seu tipo de público.
Fornecedores
O “bem comprado” é uma expressão que causa arrepios aos fornecedores. Significa arrocho na hora da negociação. “Calculo o preço final com um lucro bruto de 30% para a gente”, conta seu Samuel. “Se o fornecedor não garante isso nem entra nas Casas Bahia.” Ele explica que seus fornecedores não perdem dinheiro pois cobram das demais lojas de departamento.
Samuel é um homem vitorioso e um empresário de sucesso. Com tudo isso nunca perdeu a sua simplicidade e a noção de sua importância para apoiar a comunidade judaica. Uma de suas mais recentes ações comunitárias foi o apoio á reforma da sede do Macabi na Avenida Angélica.
Linha do tempo
1944- Samuel Klein foge de um campo de concentração na Polônia depois de dois anos nas mãos dos nazistas.
1952- Chega ao Brasil e se instala em São Caetano do Sul, onde começa a vender mercadorias de porta em porta.
1957- Abre a primeira loja e dá o nome de Casas Bahia, homenagem aos clientes nordestinos do ABCD paulista.
1994- começa a expandir sua rede para outros estados.
2002- comemora 50 anos de história protagonizando a campanha da marca e faturamento R$ 4,5 bilhões.
2003- lança a primeira edição do super casas Bahia, um megacentro de compras.
Casas Bahia
Fenômeno do varejo nacional, a Casas Bahia é hoje uma das maiores empregadoras do Brasil, com mais de 52 mil colaboradores. Presente em oito estados (SP; RJ; MG; GO; RS; PR; SC; MS), além do Distrito Federal, a Casas Bahia multiplicou em pouco mais de uma década suas 250 filiais para as mais de 540 atuais. Em 2007, a rede figurou entre as 250 maiores empresas de varejo no mundo, segundo o estudo “Poderosos Globais do Varejo em 2007”, desde 1999 mapeia o ranking mundial do setor. A Casas Bahia galgou 60 posições, passando para o 138º lugar, com receita de US$ 4,8 bilhões no ano fiscal 2005/2006. Foi a única empresa brasileira a constar do ranking. No país há mais de meio século, a Casas Bahia é apontada por pesquisadores como mercado da baixa renda. Trata-se de um caso sem similar no varejo mundial como descobriu. A habilidade para entender as necessidades emocionais e os hábitos de compra dos clientes de baixa renda e a capacidade de viabilizar o sonho de consumo por meio do acesso ao crédito resultaram em um modelo de negócios único no que diz respeito ao varejo. O segredo de lidar com todas as camadas sociais, com foco principal nas classes populares se traduz em números bastante significativos. Em 2006, a rede fechou o ano com 15,2 milhões de contratos aprovados. Sua plataforma de clientes no ano somou 26,3 milhões de pessoas, mais do que a população da maioria das cidades brasileiras. A rede segue a cartilha de seu fundador, Samuel Klein. Sua empresa não segue tendências e modismos. Está focada na arte de comprar e vender e se dedicar ao cliente proporcionando aos seus consumidores atuais qualidade de serviços, presteza na concessão de crédito e assistência contínua no pós venda. A Casas Bahia é muito mais do que a fachada de suas lojas. A empresa desenvolveu uma estrutura logística que permite a expansão da rede em um raio de um mil quilômetros a partir de dois grandes Centros de Distribuição localizados em Jundiaí (SP) e Duque de Caxias (RJ). A rede tem 07 centros de distribuição (Jundiaí, Duque de Caxias, Ribeirão Preto, Betim, São Bernardo do Campo, São José dos Pinhais e Campo Grande) e 05 entrepostos em localidades distintas nos mercados em que se faz presente. Alheia à terceirização, embora consciente que o gasto em manter essa estrutura é significativo, a rede possui uma frota própria de mais de 2.254 veículos pesados que rodaram em 2006 mais de 115 milhões de quilômetros em um ritmo de entregas que ultrapassou a marca das 980 mil/mês. Reconhecimentos A contribuição de Casas Bahia para o desenvolvimento da população menos favorecida do Brasil é reconhecida não só pelos seus fregueses, como serve de exemplo para o mundo todo! O reconhecimento não parou aí. Em 2006, a Casas Bahia foi citada, como a maior feira mundial de varejo, como uma das 250 maiores empresas deste setor no mundo, lista formada por empresas que faturam cerca de US$ 3 trilhões dos US$ 8 trilhões de receita do varejo mundial, ao lado de somente mais uma empresa brasileira, o Grupo Pão de Açúcar. A rede foi ainda a única empresa brasileira citada como exemplo de concessão de crédito em estudo da Comissão Sobre o Setor Privado e Desenvolvimento do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (N.Y)., mar/2004). O Relatório entregue ao Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, afirmou, entre outros pontos, que Casas Bahia contribui para o crescimento eqüitativo da humanidade cinco.
Começou a trabalhar com o pai como marceneiro até a invasão dos nazistas, quando foi levado para Maidanek pelo pai. Maidanek era o terceiro maior campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Klein foi com o pai para Maidanek, enquanto a mãe e os cinco irmãos mais novos foram para Treblinka, campo de concentração nazista, na Polônia, Samuel tinha 19 anos quando os viu pela ultima vez. Foi levado junto com outros prisioneiros para Auschwitz em 1944, após a libertação da Polônia. Quando em uma distração dos soldados alemães caminharam 50 quilômetros a pé até o rio Vizla (maior rio da Polônia. Fugiu dos soldados numa tentativa ousada no dia 22 de Julho. Suas palavras: “Fui me escondendo e entrando no trigal cada vez mais. Não sei para onde estava indo, mas tinha a certeza de me afastar do grupo.” Passou a noite na plantação. Ao acordar, encontrou-se com poloneses cristãos também fugidos, que o acolheram e ajudaram a fugir. Samuel chegou a voltar para sua antiga casa, que estava totalmente arrasada.
Trabalhou numa pequena fazenda nas proximidades em troca de comida. Com o fim da guerra, encontrou-se com a irmã Sezia e o irmão Salomon (que vivem hoje em Nova Iorque).Depois da guerra, os irmãos Klein foram para a Alemanha, conseguiram reencontrar vivo o pai, viveram em Munique de 1946 até 1951. Nesta grande cidade alemã, Samuel conheceu Chana, com quem se casou. Sentiram que era hora de deixar a Europa e reconstruir a vida em outro lugar. O pai foi para Israel, junto com a outra irmã Esther. Samuel queria emigrar para os Estados Unidos da América, mas não conseguiu. Decidiu ir para a América do Sul, onde tinha alguns amigos. Em 1952 a Bolívia vivia uma situação social muito complicada, com disputas políticas violentas e uma revolução em curso. Klein, aos 29, recordou-se de uma tia que vivia no Rio de Janeiro. Com a mulher e o filho, Michael, embarcou de La Paz para a então capital brasileira.Em menos de dois meses conseguiu autorização para viver no Brasil. Estabeleceu-se em São Caetano do Sul na Grande São Paulo com a família.
Trajetória
Sua trajetória de sucesso começou quando Samuel se mudou para a Alemanha á procura de pai e dos irmãos, para ganhar a vida ele começou a vender mercadorias ás tropas aliadas. O trabalho lhe rendeu economias suficientes para encorajá-lo a deixar o continente europeu e tentar a vida na América dos sulsul. Quando chegou ao Brasil, tinha consigo uma enorme vontade de recomeçar a vida depois de enfrentar as atrocidades da Segunda Guerra Mundial. o inicio da empresa de Samuel, começou quando ele tornou-se mascate e com a sua charrete e carregada de roupas de cama, mesa e banho, pelas ruas de são Caetano do sul, ele batia em porta em porta, executando sua aptidão para as vendas, ele perguntava a seus clientes “quer pagar quanto”, o q é hoje uma estratégia de vendas da loja era um argumento que ele oferecia aos seus clientes que lhes proporcionava inúmeras condições de pagamento para não perder a venda. A tradição do crediário começou aí, quem não podia pagar a vista assumia as prestações para os meses seguintes. O tempo mostrou que Samuel estava certo em confiar na clientela e dar opções de pagamento. A facilidade na concessão de crédito é o grande diferencial da rede e responde por cerca de 80% das vendas. Ele explica que sempre vendeu a prazo, porque é preciso tratar o cliente com dedicação total, entender as suas necessidades e estar ao lado dele na hora da compra. Minha clientela é muito fiel. Dois terços dos que compram conosco voltam a comprar e o índice de inadimplência é de 8% de cerca de 21,5 milhões de clientes cativos As prestações são pagas necessariamente nos guichês da própria rede, o que obriga o consumidor a retornar mensalmente às lojas. Todos os meses 10% deles vão quitar a última parcela. Aí começa o desafio de amarrar esse povo a outro crediário. Dois terços deles voltam para a casa com um novo produto, e um novo carnê de prestações. O terço restante não é esquecido. Na primeira data especial (Dia das Mães, Natal, etc.) ele receberá uma carta assinada pelo próprio seu Samuel. Nela, haverá ofertas de produtos que aquele consumidor nunca comprou nas Bahia e uma sugestão de financiamento com prestações 50% superiores às de suas mais recentes aquisições. Abrir um crediário nas Casas Bahia é simples. Basta apresentar um documento, comprovante de residência e, o mais importante, o nome limpo. Carteira de trabalho assinada e contracheque não são obrigatórios. E o risco de inadimplência? “Bobagem. A riqueza do pobre é o nome.”, filosofa seu Samuel. “O importante é trazê-lo para a loja.”. Nesse meio tempo a família Klein fincava raízes no Brasil e crescia, nasceram mais três filhos: Saul, Eva e Oscar( falecido em acidente). A primeira loja foi aberta em 1957 e recebeu o nome de Casas Bahia, em homenagem aos seus “fregueses”, em grande parte nordestinos que deixaram sua terra natal em busca de empregos no ABCD paulista. O ponto de venda permitiu expandir o rol de produtos, incluindo, por exemplo, móveis e colchões. Atualmente, a rede comercializa em média sete mil itens. Até 1994, Samuel tinha expandido seus negócios apenas por São Paulo. No mesmo ano, entrou nos mercados mineiro, paranaense e catarinense. Em 1996, chegou ao Rio de Janeiro e ao Mato Grosso do Sul. No ano 2000, inaugurou lojas em Goiás e Distrito Federal, em 2004, no Rio Grande do Sul. A expansão contabilizou resultados altamente positivos em 2005.
Foram abertos 100 novos pontos de vendas em 2005, a filial de número 500 foi inaugurada na cidade de Maringá, Paraná. A rede também dobrou seu número de lojas nos estados de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Samuel continua no comando das lojas ao lado de seus filhos Michael e Saul. Para ele a palavra crise não existe, pois ele alega que aprendeu com todas as diversidades e de todas tirou a oportunidade para realizar negócios. Criando assim um paraíso de compra dos consumidores de baixa renda, a rede nunca esteve tão em evidencia quanto nos últimos anos.
Sua ultima grande idéia foi a Super Casas Bahia, um megacentro de compras montado durante todo mês de dezembro, em São Paulo. A rede esperava a visita de 2 milhões de consumidores e faturamento de 80 milhões durante os 30 dias. Em uma entrevista a istoé dinheiro Samuel ou seu Samuel como gosta de ser chamado falou um pouco sobre o que esperava do super Casas Bahia queremos aproveitar a multidão que invadirá o local”. Os estudos indicam vendas de R$ 1 milhão – por dia. “Eu acho que ficaremos entre R$ 2 e 3 milhões”, palpita seu Samuel.
Ele investe muito em propagandas, inclusive em horários nobres da TV brasileira, alegando que esse investimento representa 3% do seu faturamento bruto. Em 2003, por exemplo, suas propagandas ficaram no ar uma hora e meia, somando todos os canais abertos de TV. Ele alega também que faz parceria com seus fornecedores para que os produtos deles sejam exibidos em suas propagandas, as vezes chega a ter 3% de desconta na próxima compra.
Receita para não fracassar
Desenvolveu um modelo de negócios único, não raro transitando na contramão do caminho seguido pelas demais lojas de departamento. O fracasso de seus antigos concorrentes explica, e muito, o sucesso de Klein. Eles investiam em lojas sofisticadas. Klein montava pontos de venda despojados de luxo. Eles ofereciam larga variedade de produtos, com ênfase nos top de linha. Nas Casas Bahia, prevalecem as mercadorias simples, familiares a seu tipo de público.
Fornecedores
O “bem comprado” é uma expressão que causa arrepios aos fornecedores. Significa arrocho na hora da negociação. “Calculo o preço final com um lucro bruto de 30% para a gente”, conta seu Samuel. “Se o fornecedor não garante isso nem entra nas Casas Bahia.” Ele explica que seus fornecedores não perdem dinheiro pois cobram das demais lojas de departamento.
Samuel é um homem vitorioso e um empresário de sucesso. Com tudo isso nunca perdeu a sua simplicidade e a noção de sua importância para apoiar a comunidade judaica. Uma de suas mais recentes ações comunitárias foi o apoio á reforma da sede do Macabi na Avenida Angélica.
Linha do tempo
1944- Samuel Klein foge de um campo de concentração na Polônia depois de dois anos nas mãos dos nazistas.
1952- Chega ao Brasil e se instala em São Caetano do Sul, onde começa a vender mercadorias de porta em porta.
1957- Abre a primeira loja e dá o nome de Casas Bahia, homenagem aos clientes nordestinos do ABCD paulista.
1994- começa a expandir sua rede para outros estados.
2002- comemora 50 anos de história protagonizando a campanha da marca e faturamento R$ 4,5 bilhões.
2003- lança a primeira edição do super casas Bahia, um megacentro de compras.
Casas Bahia
Fenômeno do varejo nacional, a Casas Bahia é hoje uma das maiores empregadoras do Brasil, com mais de 52 mil colaboradores. Presente em oito estados (SP; RJ; MG; GO; RS; PR; SC; MS), além do Distrito Federal, a Casas Bahia multiplicou em pouco mais de uma década suas 250 filiais para as mais de 540 atuais. Em 2007, a rede figurou entre as 250 maiores empresas de varejo no mundo, segundo o estudo “Poderosos Globais do Varejo em 2007”, desde 1999 mapeia o ranking mundial do setor. A Casas Bahia galgou 60 posições, passando para o 138º lugar, com receita de US$ 4,8 bilhões no ano fiscal 2005/2006. Foi a única empresa brasileira a constar do ranking. No país há mais de meio século, a Casas Bahia é apontada por pesquisadores como mercado da baixa renda. Trata-se de um caso sem similar no varejo mundial como descobriu. A habilidade para entender as necessidades emocionais e os hábitos de compra dos clientes de baixa renda e a capacidade de viabilizar o sonho de consumo por meio do acesso ao crédito resultaram em um modelo de negócios único no que diz respeito ao varejo. O segredo de lidar com todas as camadas sociais, com foco principal nas classes populares se traduz em números bastante significativos. Em 2006, a rede fechou o ano com 15,2 milhões de contratos aprovados. Sua plataforma de clientes no ano somou 26,3 milhões de pessoas, mais do que a população da maioria das cidades brasileiras. A rede segue a cartilha de seu fundador, Samuel Klein. Sua empresa não segue tendências e modismos. Está focada na arte de comprar e vender e se dedicar ao cliente proporcionando aos seus consumidores atuais qualidade de serviços, presteza na concessão de crédito e assistência contínua no pós venda. A Casas Bahia é muito mais do que a fachada de suas lojas. A empresa desenvolveu uma estrutura logística que permite a expansão da rede em um raio de um mil quilômetros a partir de dois grandes Centros de Distribuição localizados em Jundiaí (SP) e Duque de Caxias (RJ). A rede tem 07 centros de distribuição (Jundiaí, Duque de Caxias, Ribeirão Preto, Betim, São Bernardo do Campo, São José dos Pinhais e Campo Grande) e 05 entrepostos em localidades distintas nos mercados em que se faz presente. Alheia à terceirização, embora consciente que o gasto em manter essa estrutura é significativo, a rede possui uma frota própria de mais de 2.254 veículos pesados que rodaram em 2006 mais de 115 milhões de quilômetros em um ritmo de entregas que ultrapassou a marca das 980 mil/mês. Reconhecimentos A contribuição de Casas Bahia para o desenvolvimento da população menos favorecida do Brasil é reconhecida não só pelos seus fregueses, como serve de exemplo para o mundo todo! O reconhecimento não parou aí. Em 2006, a Casas Bahia foi citada, como a maior feira mundial de varejo, como uma das 250 maiores empresas deste setor no mundo, lista formada por empresas que faturam cerca de US$ 3 trilhões dos US$ 8 trilhões de receita do varejo mundial, ao lado de somente mais uma empresa brasileira, o Grupo Pão de Açúcar. A rede foi ainda a única empresa brasileira citada como exemplo de concessão de crédito em estudo da Comissão Sobre o Setor Privado e Desenvolvimento do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (N.Y)., mar/2004). O Relatório entregue ao Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, afirmou, entre outros pontos, que Casas Bahia contribui para o crescimento eqüitativo da humanidade cinco.
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