domingo, 15 de março de 2009

Cinema: "Jogo entre Ladrões" explora fórmulas de sucesso


Pense em "Onze Homens e um Segredo" com menos homens, mais segredos e mais reviravoltas e o resultado será "Jogo entre Ladrões", dirigido por Mimi Leder ("A Corrente do Bem", "Impacto Profundo").Apostando no carisma de Morgan Freeman ("Procurado") e no charme de Antonio Banderas ("A Máscara do Zorro"), o longa gasta tempo tentando criar reviravoltas, deixando o que mais interessa, a ação, um pouco de lado.
Banderas é Gaby, um ladrão de Miami que se muda para Nova York, onde, por acaso, conhece Keith Ripley (Freeman) durante um golpe dentro do metrô. Acontece que os dois estavam de olho na mesma vítima - um sujeito com um envelope cheio de diamantes. Com o tempo e uma série de fatores, os gatunos acabam se associando por interesses mútuos.Ripley precisa de um parceiro como Gaby para realizar seu assalto mais ambicioso: dois ovos Fabergé, tesouros da joalheria russa do início do século 20, fabricados em 1917 e guardados em um cofre da mais alta tecnologia. Com eles, saldaria a dívida de seu ex-parceiro, assassinado pela máfia russa. Além disso, há décadas o veterano é perseguido pelo tenente Weber, interpretado por Robert Forster ("Jackie Brown").Filmes sobre grandes roubos normalmente exploram passo a passo o planejamento e a execução do golpe, o que não ocorre em "Jogo entre Ladrões". Aqui, o roteiro assinado por Ted Humphrey (que tem apenas séries de televisão em seu currículo) transita entre um drama romântico, envolvendo a filha do ex-parceiro de Ripley (vivida por Radha Mitchell) e Gaby, e algumas cenas dispersas sobre o plano do roubo.Algumas sequências parecem ter vindo direto de "Armadilha" (um policial de 1999 com Catherine Zeta-Jones e Sean Connery), outras da série "Onze Homens e um Segredo" - mas sem igualar o charme desses filmes.
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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